Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) descartaram a convocação extraordinária do Congresso Nacional em janeiro para votar o Orçamento da União para 2008.
A rejeição da prorrogação da CPMF pelo Senado obrigou o governo a fazer modificações nas suas estimativas de receita.
Após uma reunião com o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB), e com o relator-geral da proposta, deputado José Pimentel (PT-CE), o comando do Legislativo decidiu que a votação das contas do governo vão ficar para fevereiro, no reinício dos trabalhos.
Chinaglia afirmou que não haveria avanços na tramitação que justificasse o cancelamento do recesso parlamentar. Segundo ele, os relatórios setoriais de infra-estrutura sequer estão prontos.
“Tínhamos uma dúvida se haveria ou não o benefício de uma auto-convocação. Como não há esse benefício e há necessidade de um tempo para o relator analisar tudo, decidimos assim”, explicou o presidente da Câmara.
Chinaglia ponderou que sem os R$ 40 bilhões da CPMF, o governo terá que refazer a proposta de Orçamento. “O relator terá que remanejar recursos conciliando as prioridades dos três Poderes que a Comissão Mista considerar relevante”, disse.
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