quinta-feira, 21/11/2024
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Prisão pode elucidar série de roubos

A prisão do motorista Dimas Evaristo de Oliveira, de 54 anos, pode levar a Polícia Civil de Mato Grosso a esclarecer uma série de roubos de carretas em outros Estados e trazidas para Cuiabá. No domingo de madrugada, Dimas foi preso no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da Serra de São Vicente enquanto dirigia uma carreta Volkswagen, roubada um dia antes, no interior de São Paulo.

Dimas de Oliveira foi autuado em flagrante por receptação. Ele disse que receberia R$ 1 mil pelo transporte da carreta até Mato Grosso. Acrescentou que deveria entregar o veículo utilitário a uma pessoa cujo contato seria feito em Cuiabá, através de um telefone celular, num posto de combustível. Ele informou ainda que quem o contratou, em Limeira, no estado de São Paulo, identificou-se como “Alfredo”.

Para a delegada Vera Rotilde, da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA), tudo indica que existe uma conexão entre as quadrilhas de outros Estados com as que agem aqui. “São carretas roubadas em São Paulo, Minas Gerais e Goiás e trazidas para cá. O destino é sempre o desmanche”, assegurou.

Para confirmar a suspeita, a delegada descobriu que um amigo do proprietário de uma oficina mecânica da Capital esteve na Delegacia para obter mais informações sobre a carreta. Essa oficina foi investigada há dois anos, pela Delegacia, sob suspeita de prática de desmanche.

A carreta conduzida por Dimas foi roubada no sábado à tarde, na cidade de Limeira. De lá, veio direto para Cuiabá. A localização ocorreu graças ao sistema de rastreamento via satélite. Ao passar pelo posto da PRF, os policiais já tinham a identificação do veículo e prenderam o motorista.

Dimas relatou que levou um caminhão Mercedes Benz até Limeira e, lá, encontrou-se com Alfredo. Como retornaria de ônibus, acabou acertando a incumbência de trazer o veículo para Cuiabá. Como diária, recebeu R$ 40 do contratante. “Eu não sabia que o caminhão era roubado. Se soubesse, não aceitaria a proposta de trazê-lo para Cuiabá”, afirmou o motorista.

Durante o trajeto, Dimas abasteceu o veículo com um cartão de débito em nome de uma mulher. O cartão foi usado uma única vez, já em Mato Grosso. A delegada suspeita que a mulher faça parte do esquema, pois a senha estava escrita numa folha de caderno.

“Vamos investigar essa mulher. Tudo indica que ela faça parte da quadrilha. Estava tudo esquematizado para deixar a carreta em Cuiabá. Os bandidos só não contavam com vários dispositivos de segurança do veículo”, disse a delegada. Dimas mora em Rondonópolis e não possui antecedente.

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