Os resíduos que não são coletados são, além disso, a principal fonte de poluição plástica nos países do sul, aponta o estudo, publicado na revista Nature. O segundo lugar da classificação é ocupado pela Nigéria, com 3,5 milhões de toneladas, seguida pela Indonésia, com 3,4 milhões. A China, considerada o maior poluidor em outras avaliações, fica na quarta posição, com 2,8 milhões de toneladas de plástico. Isso se explica, segundo os autores, porque seus dados estão “mais atualizados e mostram avanços substanciais na adoção da queima de resíduos e no seu enterramento controlado”.
“No passado, os líderes políticos tinham dificuldade em enfrentar esse problema, em parte pela falta de dados de boa qualidade”, apontou Ed Cook, um dos autores. O pesquisador indicou que espera que o estudo permita “prover recursos, que são escassos, para enfrentar de maneira eficaz a poluição por plástico”.
Segundo os pesquisadores, cerca de 30 milhões de toneladas de plástico (57% do total despejado no meio ambiente) foram queimadas sem controle algum em 2020. Tais incinerações, sejam elas em casas particulares, nas ruas ou em aterros irregulares, têm consequências perigosas para a saúde e o meio ambiente, alertam os autores.
*Com informações da AFP-JovemPan
Publicado por Tamyres Sbrile