Primeiro-ministro israelense discursa em uma reunião conjunta no Capitólio dos EUA nesta quarta-feira (24); visita de Netanyahu ocorre no momento em que a guerra Israel-Hamas atinge quase dez meses
Netanyahu pediu uma Gaza “desmilitarizada e desradicalizada” após a guerra. Segundo ele, Israel fará “o que for necessário” para “restabelecer a segurança” na fronteira norte. Ele expressou sua confiança nos esforços realizados para conseguir a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas. “Confio que esses esforços possam ter sucesso”, declarou Netanyahu, que agradeceu ao presidente americano, Joe Biden, por “seus incansáveis esforços em favor dos reféns”.
O primeiro-ministro de Israel qualifica manifestantes pró-Gaza de “idiotas úteis do Irã”. “Tenho uma mensagem para estes manifestantes: quando os tiranos de Teerã, que enforcam homossexuais em guindastes e assassinam mulheres por não cobrirem os cabelos, são aplaudidos, promovidos e financiados, vocês se tornam oficialmente os idiotas úteis do Irã”, afirmou.
Netanyahu diz que EUA, Israel e mundo árabe estão ameaçados por “eixo do terror” iraniano. “Nosso mundo está convulsionado. No Oriente Médio, o eixo do terror do Irã enfrenta os Estados Unidos, Israel e nossos amigos árabes. Isso não é um choque de civilizações. É um choque entre barbárie e civilização”, disse. “Nossos inimigos são seus inimigos”, completou.
Elogios a Trump
O premiê elogiou também o ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca Donald Trump por seu apoio a Israel, em discurso perante o Congresso dos Estados Unidos. “Agradeço ao presidente Trump por tudo o que fez por Israel, de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, até fazer frente à agressão do Irã, passando por reconhecer Jerusalém como nossa capital e transferir para lá a embaixada americana”, disse Netanyahu. A agenda do primeiro-ministro de Israel prevê um encontro com Biden e Kamala Harris nesta quinta-feira (25), e com Donald Trump na na sexta-feira (26).