“Em outros governos pagávamos apenas 50% do imposto…
O presidente do Sindicato Rural de Rondolândia, Ledequias Fernandes de Assis, acompanhado pelo prefeito municipal, José Guedes, e pelo pecuarista e membro do sindicato rural, Odimar Bulheiro, esteve reunido com o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), Rogério Gallo, para tratar da cobrança do ICMS sobre a comercialização do gado.
De acordo com o presidente Ledequias é preocupante a dificuldade de logística enfrentada pelos pecuaristas de Rondolândia para abate e industrialização de gado.
O município fica a 1.600 quilômetros de Cuiabá, no extremo noroeste de Mato Grosso, distante das indústrias frigorificas do estado. O frigorifico mais próximo de Rondolândia, em território mato-grossense, fica a cerca 900 quilômetros, Pontes e Lacerda.
Além disso, Ledequias esclareceu que o acesso à cidade é feito por duas estradas vicinais que chegam ao estado de Rondônia: uma por Ji-Paraná e a outra por Cacoal.
“Praticamente todo o nosso rebanho é abatido e industrializado em Rondônia para que os produtores possam manter-se minimamente competitivos”, explicou o presidente Ledequias.
Ledequias explicou ainda que o ICMS do gado de Rondolândia para fora do estado é de cerca de 12%. E quando o pecuarista vende o boi gordo dentro do próprio estado, não é cobrado o ICMS.
“Se nós produtores quisermos sair com o gado de Rondolândia nós temos que mandá-lo para o frigorífico de Pontes e Lacerda (cerca de 900 Km) ou para Juína (500 Km) tornando inviável devido a trafegabilidade. E aí nos deparamos com o desinteresse do frigorifico de Pontes e Lacerda em comprar o nosso gado, tendo em vista que em Rondônia a JBS também tem várias plantas frigorificas. E aí a única opção é vender o gado em Rondônia”, contou Ledequias.
Ledequias lembrou ainda que em governos anteriores haviam protocolos que isentavam os pecuaristas de pagar o imposto. “Em outros governos pagávamos apenas 50% do imposto. Quando o imposto era de 7%, nós pagávamos 3,5%. Atualmente o ICMS é de pouco mais de 12%. Com os 50% de desconto pagamos mais de 6%, a carga tributária é muito pesada tendo em vista a atual situação dos pecuaristas. Por esse motivo reivindicamos a redução”, disse Ledequias.