sexta-feira, 22/11/2024
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Comitiva de Bhutto escapa de atentado; 115 morrem

Pelo menos 115 pessoas morreram e mais de 151 ficaram feridas em Karachi em duas fortes explosões ocorridas na passagem do veículo que levava a ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, de acordo com contagem da agência Reuters. Bhutto voltou ao Paquistão após quase nove anos no exílio

Bhutto não ficou ferida nas explosões, que foram registradas muito perto do veículo blindado em que a ex-primeira-ministra percorria o caminho entre o aeroporto de Karachi e o mausoléu em homenagem ao pai da pátria paquistanesa, Mohamad Ali Jinnah, onde tinha previsto fazer um discurso a seus seguidores.

O inspetor da Polícia provincial de Sindh, general Ziaul Hassan, não descartou que o ataque fosse resultado da ação de terroristas suicidas, já que as duas explosões consecutivas ocorreram muito perto do veículo especial que as autoridades dispuseram para trasladar Bhutto.

Militantes do grupo terrorista Al-Qaeda, irritados com o apoio de Bhutto aos EUA, haviam ameaçado assassiná-la.

Segundo Hassan, muitos feridos ainda esperam para ser levados a hospitais. A maioria das vítimas integra as forças de segurança que protegiam a comitiva da ex-primeira-ministra, disse o vice-ministro de Informação, Tarik Azim.

Azim lembrou que o Governo tinha dado a Bhutto o “conselho amistoso” de que adiasse seu retorno pelas ameaças de atentados de radicais islâmicos, mas a líder opositora rejeitou a idéia.

Logo após a sua chegada, Bhutto embarcou no caminhão, desenvolvido para suportar um eventual atentado. Durante a passeata, a ex-primier no topo do caminhão e ignorou os conselhos policiais para se manter atrás do vidro à prova de balas do veículo.

O Governo tinha destacado cerca de 20 mil agentes em Karachi para proteger Bhutto, cuja comitiva avançava muito lentamente no caminho do aeroporto até o mausoléu de Mohamad Ali Jinnah em Karachi.

Festa na chegada
Protegida por uma anistia, a ex-primeira-ministra pôs fim a quase nove anos de exílio, ao retornar a sua cidade natal, Karachi, onde centenas de milhares de pessoas a esperavam para dar as boas-vindas.

Bhutto volta ao Paquistão graças ao apoio do Ocidente, pois foi a mediação dos Estados Unidos e do Reino Unido que possibilitou o acordo de repartição de poderes alcançado há 13 dias com o presidente paquistanês, Pervez Musharraf.

Ela defendeu hoje o pacto com o presidente, que repudiou durante todos estes anos, e disse que é necessário para que o Paquistão faça uma “transição para a democracia”, em um momento no qual sofre a ameaça do extremismo islamita.

“Minha volta é um milagre”, declarou Bhutto no aeroporto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, antes de voar para Karachi, cidade que desde a madrugada preparava o retorno da líder do Partido Popular do Paquistão (PPP), a principal força de oposição do país.

Ela pretende liderar a legenda nas eleições nacionais que têm o objetivo de recolocar um civil no comando do país.

Com agências internacionais

Redação Terra

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Parmenas Alt
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