Esse movimento fazia parte de uma operação cujo objetivo ainda é incerto, porém, envolvia diretamente os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco
As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo, divulgadas na quinta (7), trouxeram à tona um esquema alarmante do Primeiro Comando da Capital (PCC) tendo como alvo figuras políticas de alto escalão. Conforme revelado, a facção criminosa alugou um imóvel em Brasília, entre maio e julho deste ano, por um valor mensal de 2,5 mil reais. Esse movimento fazia parte de uma operação cujo objetivo ainda é incerto, porém, envolvia diretamente os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Informações detalhadas sobre suas residências, incluindo fotos aéreas e rotinas, foram encontradas em celulares de membros da “Célula Restrita” do PCC, um grupo de elite dentro da organização.
No contexto dessa operação, o PCC despendeu cerca de 44 mil reais, abrangendo custos com aluguel, transporte, seguro e hospedagem. Ademais, foi identificada uma pesquisa no site Trovit sobre a aquisição de imóveis na região da Península dos Ministros, no Lago Sul de Brasília, onde se localizam as moradias oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado. Essa descoberta sinaliza uma possível tentativa de aquisição de propriedades próximas aos alvos da facção.
As autoridades identificaram Janeferson Gomes, conhecido como Nefo, como líder da “Célula Restrita” e coordenador da missão. A investigação segue em curso, visando esclarecer os planos exatos do PCC e eventuais ligações com outras atividades ilícitas. Este caso surge no rastro de uma investigação anterior que, em setembro, levou à denúncia de nove suspeitos pelo planejamento do sequestro do ex-ministro da Justiça e senador Sergio Moro, demonstrando a amplitude e complexidade das operações criminosas em questão.
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