O motorista Ronaldo Silva Moreira, de 26 anos e seu irmão Reginaldo, de 20 anos, foram executados a tiros ontem de madrugada numa lanchonete da avenida Antarctica, no bairro Ribeirão da Ponte, em Cuiabá. Testemunhas disseram que viram dois ocupantes de uma motocicleta Titan vermelha se aproximarem, que o desconhecido que estava na garupa caminhou em direção de Ronaldo e atirou duas vezes acertando ambos os disparos. Ronaldo, que estava próximo e tentou tomar a arma do criminoso, acabou sendo alvejado também.
Em seguida, o desconhecido embarcou na garupa da motocicleta, que fugiu em alta velocidade. O duplo assassinato ocorreu por volta das 5 horas, no momento em que o movimento da lanchonete ainda era grande. Algumas pessoas chegaram a correr ao ouvir os disparos.
Para a Polícia, o crime seria um acerto de contas entre o desconhecido que fez os disparos e Reginaldo. Uma testemunha opinou que o criminoso chegou ao local sabendo quem iria matar. Ao se aproximar, retirou uma mulher que estava no colo da vítima e atirou.
“O Reginaldo morreu de graça. Os tiros foram para o irmão dele. Ao tentar tirar a arma do criminoso, ele acabou morrendo”, explicou um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que participa das investigações. O autor do crime não teve nem o cuidado de esconder o rosto. Com uma das mãos ele segurava a arma, enquanto que com a outra, o capacete preto.
O que chamou a atenção dos policiais é que o criminoso usava uma pistola ponto 40, de uso exclusivo da Polícia. Mas como há um grande número de armas roubadas desse calibre, os policiais da DHPP não vêem esse detalhe como um indício de que o autor seja um policial.
Testemunhas disseram que quem pilotava a motocicleta usava um colete de moto-taxista. Diante da informação, os policiais não descartam a hipótese do criminoso ter combinado uma corrida com um moto-taxista. “Olha, o moto-taxista poderia nem saber de que levava um homicida, mas se ele esperou o criminoso atirar para levá-lo do local, com certeza, será indiciado como co-autor”, explicou um policial.
