quinta-feira, 21/11/2024
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Senadores da oposição excluem Renan de reunião de líderes

O vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse que a ausência de Renan mostra o enfraquecimento do peemedebista na Casa. “Quando temos um presidente da Casa não participando de reunião de líderes é um expressão da crise, mostra o clima em que está o Senado”, afirmou.

Senadores da oposição excluem Renan Calheiros de reunião de líderes partidários
Apesar de não defender publicamente o afastamento de Renan –já que assumiria a presidência do Senado caso o peemedebista pedisse licença do cargo–, Viana disparou críticas à disposição do senador de permanecer onde está. O petista disse que estaria “mentindo” caso afirmasse ser favorável à presença de Renan no cargo.

“É muito difícil qualquer reconciliação ou ambiente ameno para construirmos uma agenda de votações. O impasse está na permanência do presidente da Casa. Eu não posso, por lealdade a isso, defender o afastamento. Mas eu não vou mentir. Se eu disser o contrário, estarei mentindo.”

O vice-presidente do Senado desmentiu os boatos de que Renan teria traído aliados ao decidir permanecer no cargo –descumprindo um suposto acordo para se licenciar por 120 dias da presidência da Casa em troca de sua absolvição.

“Combinaram o casamento, o noivo e o padre, mas esqueceram de falar com a noiva. Muitos senadores gostariam de vê-lo afastado para maior tranqüilidade da Casa, mas ninguém fez acordo com ele para o afastamento”, disse Viana.

Trégua

A oposição promete não dar trégua a Renan para pressioná-lo a se afastar do cargo. O senador Álvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB no Senado, disse que Renan perde força ao não ceder os apelos da oposição –já que não controla, sozinho, a Casa Legislativa.

“Eu creio que um homem só não pára o Senado. Acho que as lideranças do governo e da oposição devem ser suficientes para que a pauta seja estabelecida e nós possamos trabalhar produzindo também. Não queremos atrapalhar o país, queremos que o país ande.”

Dias afirmou que, como Renan não tem a “última palavra” sobre os atos do Senado, o peemedebista “certamente terá que se curvar à vontade de todas as lideranças”.

Líderes governistas querem retomar o diálogo com o DEM e o PSDB e acenam com a possibilidade de inverter a pauta de votações no Senado. Na semana passada, a oposição conseguiu, por dois dias, impedir a votação da mensagem que indica Luiz Antonio Pagot para a presidência do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes).

A base aliada estuda sugerir mudanças na ordem da pauta de votações da Casa, uma vez que o nome de Pagot encontra resistências dentro da própria base de apoio do Palácio do Planalto. Uma idéia é colocar em votação, antes de Pagot, a indicação do ex-diretor geral da Polícia Federal Paulo Lacerda para o comando da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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