ConnectFARM recomenda a inteligência de dados para o planejamento de safra 2023/2024
O fenômeno El Niño, que significa o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Tropical, está confirmado e deve ganhar intensidade nos próximos meses, podendo durar por até um ano. Na agricultura brasileira, o fenômeno meteorológico deve trazer impactos, com chuvas acima da média no Sul do país — que nas últimas safras passou por estiagem sob efeito do La Niña —, porém com o aumento de temperatura, o que pode facilitar a propagação de pragas e doenças. Já as regiões Norte, Centro-Oeste e o Matopiba podem sofrer estiagem e redução do armazenamento hídrico.
Diante deste cenário, o produtor rural brasileiro precisa estar atento ao planejamento da próxima safra. Afinal, cada região será afetada de uma maneira diferente com o El Niño — e isso muda as recomendações agronômicas para solo, semente e manejo. Para o engenheiro agrônomo e mestre em agricultura de precisão, Rodrigo Dias, o sucesso da próxima safra, sob efeito do El Niño, não está no uso da semente de última geração ou no melhor fertilizante, mas nas informações sobre a fazenda, sobre cada ambiente de produção, que cruzados com histórico de dados do El Niño, vão indicar qual a melhor combinação a fazer entre genética, solo e manejo.
A jornada começa pela coleta de dados, que precisam ser organizados e parametrizados. A partir deles é possível saber o que aconteceu — contudo, para saber porque aconteceu, para onde ir e como chegar, é preciso acrescentar o conhecimento dos dados. “A agricultura digital responde essas questões, faz análise por talhões e, o mais importante, considera as variáveis do clima levando em consideração o momento atual, mas também o histórico de dados da plataforma”, explica. Na ConnectFARM são mais de um milhão de hectares analisados em dez estados brasileiros, inclusive dados da agricultura brasileira em outras situações de El Niño, o que ajuda a calibrar os algoritmos e melhora a experiência de inteligência dos dados, permitindo uma recomendação agronômica mais assertiva para cada ambiente da propriedade.
Na safra 22/23, por exemplo, fazendas que utilizaram da inteligência de dados calibrados pelos algoritmos da ConnectFARM mantiveram suas médias de produtividade, porém aumentaram a rentabilidade por hectare em até 20%. Em outra propriedade, na Bahia, os algoritmos mostraram que o manejo adotado servia para apenas 5% da área. Com as mudanças, o resultado foi uma safra três vezes mais eficiente.
Sobre a ConnectFARM – Os algoritmos se tornaram um grande aliado da agricultura brasileira para driblar riscos com o clima, aumentar a produtividade da lavoura e até para sequestrar carbono. Um pacote de serviços que a agtech gaúcha ConnectFARM vem oferecendo há 4 anos ao mercado agrícola, tendo mais de um milhão de hectares analisados em dez estados brasileiros e já se prepara para ampliar os negócios, com sedes nos EUA e no Paraguai. A agtech surgiu da necessidade do agricultor ser cada vez mais eficiente, escolhendo modelos de produção que não só entreguem lucro, mas produtividade (produzir mais na mesma área) e sustentabilidade.