‘Kinzhal’ foi apresentado em 2018 como sendo mais difícil de interceptar do que outros tipos de projéteis; bombardeio deixou ao menos três feridos
A Ucrânia afirmou que derrubou seis mísseis hipersônicos russos Kinzhal (“punhal” em russo), nove mísseis de cruzeiros Kalibr disparados de navios no Mar Negro e três mísseis de curto alcance, lançados da terra, durante um ataque noturno contra Kiev, nesta terça-feira, 16, que deixou ao menos três feridos, segundo o prefeito da cidade, Vitali Klitschko, e foi classificado como “excepcional” pelas autoridades. “Outro sucesso incrível da Força Aérea ucraniana! Durante a noite, nossos defensores do céu derrubaram SEIS mísseis hipersônicos russos Kinzhal e outros 12 mísseis”, escreveu no Twitter o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov. Há uma semana, o país havia anunciado que derrubou pela primeira vez um míssil hipersônico Kinzhal utilizando sistemas fornecidos pelos Estados Unidos. Em meados de abril os primeiros Patriot, um dos sistemas de defesa antiaérea mais avançados de Washington, chegaram à Kiev. Contudo, autoridades ucranianas não divulgaram que o sistema foi utilizado para derrubar os mísseis Kinzhal nos ataques da noite passada. Os mísseis que tem sido utilizado pela Rússia, apresentados em 2018 pelo presidente Vladimir Putin, são mais difíceis de interceptar do que outros tipos de projéteis. Ela é considerado pelo líder russo como “arma, ideal”, exatamente por sua dificuldade de interceptação. Em meio as alegações ucranianas, a Rússia disse que os bombardeios, classificados como bem-sucedidos, destruíam o sistema de defesa aérea Patriot.
Há meses a Ucrânia anuncia uma contraofensiva para recuperar os territórios conquistados pela Rússia, ninguém pode dizer com certeza se realmente começou, enquanto continuam os combates e as declarações. Atualmente, Bakhmut tem sido o epicentro do conflito. Nesta segunda-feira, 15, o exército ucraniano celebrou o “primeiro sucesso” de sua ofensiva nas proximidades da cidade. As expectativas sobre a contraofensiva de primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) da Ucrânia aumentam, mas o presidente Volodymyr Zelensky afirmou no dia 11 de abril que o exército do país precisava de mais tempo para iniciar o projeto. A Rússia, por outro lado, disse estar avançando na própria cidade, que controla em sua maior parte. Contudo, há várias semanas as forças russas estavam em uma estratégia defensiva, com uma defesa de mais de 800 quilômetros, às vezes de três linhas de profundidade, e um grande número de soldados para mantê-las, além das valas antitanques, cercas, linhas de defesa pré-fabricadas como os chamados “dentes de dragão” (pequenas pirâmides antitanques de concreto) e trincheiras para soldados. Por isso, a contraofensiva será muito mortal e cara em equipamentos para o Exército da Ucrânia.
*Com informações da AFP-JovemPan