sexta-feira, 22/11/2024
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Cientistas descobrem que humanos não estão nem perto do limite de longevidade

Ao longo da história, as estimativas do tempo máximo 

Existe um limite para a vida humana? Essa pergunta milenar é o foco de recentes pesquisas estatísticas, que sugerem que, se houver um limite para a expectativa de vida humana, ainda não o alcançamos.

Ao longo da história, as estimativas do tempo máximo de vida humana têm aumentado continuamente. Na Idade do Bronze, os hebreus acreditavam que 80 anos era o limite máximo, enquanto cerca de 1.000 anos depois, os romanos estimavam em 100 anos.

Avançando para a nossa era industrializada moderna, os avanços na medicina e no cuidado social têm expandido ainda mais essa fronteira. O atual recorde mundial da pessoa mais velha pertence a Jeanne Calment, que faleceu em 1997 com impressionantes 122 anos de idade.

No entanto, seu recorde pode não durar muito mais tempo. Segundo o último estudo, o ser humano mais velho de todos os tempos ainda não nasceu.

Para chegar a essas conclusões, pesquisadores da University of South Florida e da University of Georgia examinaram dados históricos e atuais de pessoas com idade entre 50 e 100 anos de 19 países industrializados. O objetivo deles era determinar se o aumento da expectativa de vida observado no último século está se estabilizando, sinalizando que podemos estar nos aproximando de um limite máximo.

A análise deles revelou que indivíduos nascidos antes de 1950 podem quebrar recordes de longevidade nas próximas décadas, supondo que a estabilidade política e econômica mantenha sua saúde. As tendências atuais sugerem que alguém nascido nos anos 1930 ou 1940 provavelmente superará o atual recorde mundial. As mulheres japonesas, que já estão próximas de estabelecer recordes de longevidade, parecem estar liderando essa tendência.

Embora os pesquisadores reconheçam que a vida humana pode eventualmente atingir um teto, não está claro qual seria essa idade. Eles explicam que aqueles nascidos entre 1900 e 1950 estão experimentando um adiamento de mortalidade sem precedentes, mas ainda não quebraram os recordes de longevidade. À medida que esses grupos atingem idades avançadas nas próximas décadas, os recordes de longevidade podem aumentar significativamente.

Os pesquisadores concordam com trabalhos anteriores que afirmam: “se há um limite máximo para a expectativa de vida humana, ainda não estamos nos aproximando dele”.

Em contraste, um estudo de 2021 propôs que o corpo humano tem uma expectativa de vida máxima de 150 anos. Essa pesquisa concentrou-se no aspecto biomédico, enquanto o último estudo examinou principalmente as tendências estatísticas.

O debate em torno da existência de um limite máximo de expectativa de vida está longe de terminar. Alguns cientistas argumentam que há um limite superior, enquanto outros afirmam que não há evidências concretas para tal restrição. O último grupo acredita que avanços biomédicos e tecnológicos têm o potencial de nos permitir viver indefinidamente.

Este estudo intrigante pode ser encontrado na revista PLOS ONE.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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