Analistas de mercado viram a unanimidade de votos do Copom (Comitê de Política Monetária) desta quarta-feira como uma porta aberta para a continuidade dos cortes dos juros na próxima reunião, marcada para outubro. O Comitê reduziu o ritmo de queda, mas cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para 11,25% ao ano.
“A decisão [de hoje] deve ter um impacto positivo ou mesmo neutro sobre a Bolsa amanhã. O Banco Central deixou em aberto a possibilidade de um novo corte”, afirma Sílvio Campos Neto, economista-chefe do banco Schain.
O economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, tem opinião semelhante, com alguma ressalva.
“O Banco Central deu uma esperança, não foi bem um sinal. Temos que ver o teor da ata [da reunião] na semana que vem. O fato de ter reduzido os juros não significa necessariamente que vai dar um novo corte da próxima vez”, afirma.
Nas últimas reuniões do Copom, houve um racha entre os integrantes do Comitê. Em junho, o corte de 0,50 ponto percentual foi aprovado por cinco votos a favor e dois pela redução de 0,25 ponto. E em julho, um novo corte de 0,50 ponto foi aprovado por quatro votos a favor e três pelo 0,25 ponto.
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