domingo, 22/12/2024
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99% dos brasileiros não sabem como se transmite tuberculose

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

A doença é muito conhecida da população, uma vez que cerca de 70 mil pessoas morrem anualmente no Brasil em decorrência dela. Porém, apenas 1% da população brasileira sabe de que forma a doença é transmitida.

Diante desse quadro de desinformação, apontado em pesquisa realizada pelo instituto DATAFOLHA, o deputado estadual Mauro Savi (PR) apresentou uma indicação ao governador Silval Barbosa (PMDB), para que o Executivo, através
da Secretaria de Estado de Educação e de Saúde, implante programas preventivos e informativos sobre a forma de transmissão, cuidados e
tratamento da doença.

Na justificativa da indicação, o parlamentar ressalta que a tuberculose foi incluída entre as prioridades da Organização Mundial da Saúde (OSM), como parte do objetivo geral das ações para uma vida mais saudável. O Brasil é
signatário da Declaração do Milênio que estabelece, entre outras metas, reduzir à metade (em relação a 1990) a incidência e a mortalidade por tuberculose até 2015. A longo prazo, o objetivo é eliminar a tuberculose como problema de saúde pública até 2050.

“E só conseguiremos atingir essa meta se a população estiver informada e consciente das formas de transmissão e de prevenção dessa doença. Além de ser um caminho mais eficaz para combater esse mal, sabemos que é mais barato
e menos doloroso fazer a prevenção do que a cura da tuberculose”, frisou o deputado.

No estado de Mato Grosso, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o índice de cura para casos de tuberculose tem se mantido
abaixo do percentual preconizado pelo Ministério da Saúde. Atualmente, a média alcançada chega aos 72% enquanto o recomendado pelo Governo Federal é 85%. Nos últimos quatro anos o melhor resultado para Mato Grosso foi chegar
à marca dos 82,1%, em 2008. Neste período contabilizaram-se 980 casos da doença com uma taxa de abandono em 5,2%, isto é, pacientes que deixaram o tratamento médico antes de ser finalizado.

Para o parlamentar, abordagens educativas devem ser usadas para promover uma ação informativa na sociedade. “Ações imediatas são necessárias para evitar que o problema se agrave. Hospitais, laboratórios, policlínicas, postos de
saúde e Escolas, entre outros, a nosso ver, são locais ideais para determinada ação”, destacou ao lembrar que no dia 24 de março comemora-se o
dia Internacional de Combate a Tuberculose. “É uma boa data para darmos início a uma campanha ostensiva de combate à tuberculose”, sugeriu.

Como se transmite a tuberculose? A transmissão é direta, de pessoa a pessoa.
O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem
a doença. Pessoas com AIDS, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose. (Ministério da Saúde).

Quais os sintomas?
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos
(meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com
presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre
baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de
sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica (Ministério da Saúde).

MÁRCIA RAQUEL

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Parmenas Alt
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