A situação se arrasta por um problema burocrático que prejudica o homem, que soube da absolvição por meio de uma reportagem.
Wagner de Oliveira, de 50 anos, segue usando tornozeleira eletrônica, mesmo após ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto deste ano. Ele foi preso durante os atos de 8 de janeiro e, segundo a legislação, deveria ter tido o equipamento retirado em setembro, quando a certidão de trânsito em julgado foi emitida. Até hoje, o erro não foi corrigido.
A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com um pedido formal ao STF para a remoção do monitoramento eletrônico, argumentando que não há mais base legal para manter o dispositivo. A situação se arrasta por um problema burocrático que prejudica o homem, que soube da absolvição por meio de uma reportagem.
Wagner vivia em situação de rua em Brasília antes de ser preso e, após passar quase dez dias na Papuda, conseguiu um emprego em um supermercado e alugou um imóvel. Mesmo com o novo trabalho, ele enfrenta dificuldades financeiras e tenta reorganizar sua vida, especialmente por ser portador de nanismo.
Agora, Wagner espera que a justiça atue de forma mais rápida para corrigir o erro, enquanto tenta se reerguer após meses de complicações judiciais. “Vou à Vara toda segunda-feira assinar os papéis”, comentou ele, que ainda lida com a frustração de carregar uma tornozeleira sem necessidade.