Quando os membros do partido Novo decidiram que iriam lançar um candidato próprio à Presidência da República, não estava nos planos do ex-banqueiro João Amoedo, então líder da sigla, ser o escolhido para encabeçar essa candidatura.
Mas o tempo foi passando e a legenda, que virou oficial em 2015, percebeu que o percurso para a renovação dos nomes da política no Brasil já esbarra, de cara, em um obstáculo: nem sempre há gente disposta a assumir os riscos de mirar um cargo eletivo.
“Temos encontrado pessoas que têm todos os requisitos, mas que, por motivo pessoal ou por conta das empresas, não querem dedicar seu tempo a esse assunto”, afirma Moisés Jardim, presidente do Novo, ao mencionar a dificuldade da legenda para encontrar possíveis candidatos para os governos estaduais.
Sem a opção de outros nomes mais conhecidos do eleitorado, o partido lançou a candidatura de Amoedo à Presidência da República no último dia 18 de novembro. Ex-vice-presidente do Unibanco e ex-sócio do banco BBA, ele nunca assumiu um cargo público na vida e, como possivelmente tantos outros, terá na eleição de 2018 seu debute em uma campanha eleitoral. Mas a trajetória para isso não deve ser fácil.
Mais da metade dos eleitores entrevistados pelo Instituto Paraná Pesquisas em novembro, a pedido de EXAME, afirma que é alta ou muito alta a probabilidade de que eles votem num candidato estreante. Cerca de 72% deles admitem que esperam que o Brasil viva uma renovação política em 2018.
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