Em 11 de janeiro é comemorado o Dia do Combate à Poluição por Agrotóxicos.
Os agrotóxicos são substâncias utilizadas na agricultura, áreas de pastagens, ambientes urbanos, hídricos e industriais, com o objetivo de controlar insetos e plantas daninhas e ampliar a produtividade.
Nos últimos anos, o uso de agrotóxicos no Brasil tem crescido vertiginosamente. Há grande preocupação em proteger os produtos agrícolas que serão vendidos, mas há pouco planejamento sobre os impactos que isto pode ocasionar. Ao entrar em contato com a terra, os pesticidas contaminam o solo e reduzem sua fertilidade devido à perda de nutrientes. Ao atingir os lençóis freáticos, contaminam a água. Tudo isso pode levar à morte de insetos polinizadores e os inimigos naturais das pragas, levando ao surgimento de novas pragas e à resistência dos insetos.
Além disso, com água e alimentos contaminados, os próprios seres humanos são afetados. Os efeitos podem ser diversos, desde náuseas a problemas crônicos, como hemorragias ou câncer, dentre outras doenças. A situação mostra-se mais grave, já que a maioria dos vegetais podem ser contaminados em algum grau.
Por isso, para os consumidores, o mais seguro é o consumo do que foi produzido segundo critérios agroecológicos, pois além de serem isentos de substâncias químicas, sua produção é realizada com técnicas sustentáveis.
Ainda assim, é importante desenvolver ações de educação ambiental com agricultores e produtores das áreas rurais, alertando sobre os perigos que os agrotóxicos podem trazer, principalmente à saúde destes trabalhadores, e os danos ao meio ambiente.
Mas, para que haja adesão por partes dos agricultores, é importante também dar incentivos para que eles tenham condições de continuarem competitivos no mercado.
É necessário planejar e executar ações estimulando tanto o consumo de alimentos orgânicos, isentos de agrotóxicos, como buscar alternativas sustentáveis para o controle de pragas, além de procurar soluções para minimizar os impactos ocasionados pelos agrotóxicos quando utilizados.
O Estado de São Paulo vem desenvolvendo ações nesse sentido. Desde 2016, os agricultores são estimulados a adotar práticas agrícolas sustentáveis de modo a incrementar a produção e a oferta de alimentos saudáveis, por meio do Protocolo de Transição Agroecológica.
O Estado oferece capacitações e orientações técnicas aos agricultores que desejam entender melhor o tema, além de emitir certificados àqueles que iniciam a transição agroecológica – tornando a sua produção orgânica em um período de até cinco anos.
Além disso, a Cetesb realiza a fiscalização das empresas responsáveis pelo gerenciamento das embalagens de agrotóxico vazias e dos resíduos recolhidos para garantir que estes tenham destinação correta.
Atlas “Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia”.
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