quinta-feira, 21/11/2024
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1,23% foi a perda da exportação de Mato Grosso

As exportações mato-grossenses voltaram a apresentar queda no mês passado e fecharam o primeiro bimestre com recuo de 1,23% em relação a igual período de 2006.

Números divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado (Fiemt) mostram que as vendas estaduais passaram de US$ 256,06 milhões, em janeiro, para US$ 245,99 milhões, no mês passado. No acumulado do 1º bimestre, as exportações em 2007 somam US$ 502,06 milhões, contra US$ 508,31 milhões no mesmo período do ano anterior.

As importações atingiram a cifra de US$ 94 milhões, com crescimento de 103,65% em relação aos dois primeiros meses do ano passado, quando o montante das compras totalizou US$ 46,16 milhões.

A balança comercial (exportações menos importações) fechou negativa em 11,70%, com US$ 408,05 milhões, contra US$ 462,15 milhões do ano anterior. O intercâmbio comercial (somatória das compras e vendas externas) atingiu US$ 596,06 milhões, com incremento de 7,50% em relação a 2006, quando os números fecharam em US$ 554,46 milhões.

A soja manteve a dianteira da pauta mato-grossenses, com volume comercializado de US$ 264,82 milhões em grãos, farelo, óleo e lecitina. A participação total deste setor no volume total das exportações foi de 52,75%.

O produto que registrou o melhor desempenho, em percentual, foi a carne suína, que teve incremento de 2.081%. As vendas passaram de US$ 394,91 mil para US$ 8,61 milhões.

O item com o pior desempenho foi o arroz (-99,82%), cujas vendas despencaram de US$ 400 mil para US$ 732 no período.

O presidente em exercício da Fiemt, Jandir Milan, atribui o fraco desempenho das exportações à retenção da soja pelas tradings e às “trapalhadas” do governo federal na área do câmbio, o que levou os produtores a optar pelo mercado interno. “Este problema [do câmbio] acabou por fragilizar alguns exportadores e, com isso, tivemos um crescimento bem abaixo do esperado neste primeiro bimestre”, avalia Milan.

Ele acredita que a partir de março as exportações sofrerão forte impulso, em função da safra de soja que começa a ser embarcada para o mercado externo. “Tivemos um começo de ano atípico, devido ao atraso nos embarques. Boa parte da produção já foi comercializada, está nas mãos das tradings, mas a documentação junto à Receita Federal ainda está sendo processada. Esta produção só vai aparecer quando passar pela Receita”, explica o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiemt, Émerson Moura.

Na opinião de Jandir Milan, a produção ainda não foi embarcada porque os exportadores aguardam uma melhora dos preços na Bolsa de Chicago (EUA). “Quando esta produção for embarcada, as nossas exportações darão um salto extraordinário”, crê.

RANKING – Apesar do discreto resultado das exportações, Mato Grosso manteve a 10ª colocação no ranking dos maiores exportadores brasileiros, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Espírito Santo, Pará e Santa Catarina.

Na região Centro-Oeste, Mato Grosso mantém a liderança, seguido de Goiás, com exportações de US$ 250,58 milhões, Mato grosso do Sul (US$ 119,93 milhões) e, Distrito Federal, US$ 9,31 milhões.

DC

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Parmenas Alt
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