Três jovens foram detidos ontem de manhã, acusados de assassinar a facadas o adolescente André Luiz Castro, de 17 anos, que teve o corpo carbonizado e jogado na estrada da Cascalheira, na região do Osmar Cabral, em Cuiabá. Os três eram vizinhos da vítima e dois deles chegaram a ir ao velório, ocorrido anteontem à tarde. Na casa de um deles, familiares de André localizaram uma camiseta da vítima e um pedaço de lençol manchado de sangue.
Alguns amigos de André revelaram que familiares do garoto descobriram as roupas com sangue na casa de um dos suspeitos. Em seguida, os três rapazes foram acusados de participação no crime, foram cercados e dois deles acabaram sendo surrados por familiares e amigos da vítima.
“Tivemos que levar os dois para serem atendidos no Pronto Socorro porque ficaram feridos, principalmente no rosto. Se não chegássemos logo, a surra seria maior”, explicou um policial militar acionado por moradores após ouvirem a pancadaria.
De acordo com as investigações, André teria sido assassinado porque era suspeito de ter furtado um aparelho de DVD da casa de um dos três rapazes. Familiares da vítima, no entanto, negam qualquer tipo de delito praticado pelo adolescente que, apesar da idade, era casado e tinha um filho.
André foi visto pela última vez no sábado de madrugada, nas proximidades da casa de um dos suspeitos do assassinato. Desde então, não mais apareceu. No domingo, por volta do meio-dia, o cadáver foi localizado jogado numa estrada próxima do bairro. Estava semi-carbonizado e embrulhado numa toalha de mesa.
A identificação ocorreu anteontem à tarde. Como o adolescente não retornou mais para casa, a mãe e um irmão estiveram no Instituto de Medicina Legal (IML) e o reconheceram.
Segundo o delegado Roberto Amorim, a roupa e a toalha são indícios do crime, mas não há provas concretas da participação dos três na execução. No final da tarde, os suspeitos foram liberados. “Tudo aponta para o assassinato na casa onde as roupas foram encontradas, mas não temos provas da participação dos três suspeitos”, esclareceu. Amorim acrescentou que, caso haja provas da participação de algum dos suspeitos, irá pedir a prisão temporária deles.