O ato, que vai muito além de eleger um político, está diretamente relacionado ao exercício da cidadania
A luta das mulheres brasileiras pelo direito ao voto teve início em 1891, quando foi rejeitada proposta de emenda à Constituição prevendo o direito de voto à mulher, mas, em 24 de fevereiro de 1932, o voto feminino no Brasil foi assegurado. Em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, a mulher brasileira, pela primeira vez, votou e foi votada em âmbito nacional. Com a Constituição de 1934, o voto feminino ganhou bases constitucionais.
A revolução se deu graças às sufragistas, mulheres brancas e negras, ricas e pobres que se uniram em prol de um objetivo: conquistar o direitos que lhes eram cabidos, inclusive o de votar e ser votada. O dia 03 de novembro relembra essa luta e tem o intuito de valorizar esse movimento de protagonismo feminino tão importante para a igualdade social e política no Brasil.
Mas o caminho a seguir ainda é longo. Apesar de a maior parte do eleitorado brasileiro ser mulher, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ocupa a nona posição, entre onze países latino americanos, no que diz respeito à participação política feminina. O Mapa da Política de 2019, elaborado pela Procuradoria da Mulher no Senado, corrobora esse índice: dos 70 mil cargos eletivos, apenas 12,3% é ocupado por alguém do gênero feminino.